Lagoinha-SP

Lagoinha-SP

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Estudo comprova: Antiga Estrada Real passava pela Cachoeira Grande

Em Busca do Roteiro esquecido

“O Caminho entre as Vilas de Paraty e Taubaté”


Em 1596 o governador geral do Brasil, D. Francisco de Sousa, incumbiu Martim Correia de Sá da chefia de uma bandeira, que saindo do Rio de Janeiro, aportou em Parati, subiu a serra do mar e, por uma trilha dos índios Guaianases, alcançando a região valeparaibana.

Posteriormente, esse caminho, muito percorrido, transformou-se em uma antiga estrada que serviu ao tráfego e comércio interno entre a cidade do Rio de Janeiro e as vilas de Paraty e Taubaté. Quando se achou ouro nas Gerais, a estrada foi usada como escoadouro do metal precioso.

Conforme o livro: “Episódios da Guerra dos Emboabas” Autor Barreiros E.C. (1984 p.91). “O percurso que fez o governador do Rio de Janeiro Artur de Sá e Meneses em 1697 a São Paulo: Ida: RJ – Porto de Santos – SP; Volta: SP – Taubaté – Parati – RJ. Três anos mais tarde, em 1700. Artur de Sá e Meneses segue viagem para as Minas Gerais, saindo de Parati, sobe a serra do mar, atinge a região do facão (Cunha) em seguida transpondo o rio Paraitinga e toma a direção da vila de Taubaté, onde entroncava-se com o caminho velho paulista, continuando por Pindamonhangaba, Guaratinguetá, etc., até chegar nas Gerais.

De acordo com os documentos levantados pela Historiadora Lia Mariotto, a trilha dos índios Guaianases ou a antiga estrada real passava pelo município de Lagoinha pelos seguintes bairros: Macuco, Ribeirão, Morro Grande, Imberí, Faxinal (Salto Grande, hoje Cachoeira Grande (onde vestígios são visíveis e provavelmente seriam da antiga estrada real)), continuando pelo bairro do Porto, Bela Vista, Santana até entrar no município de Cunha.

Obs.: Lia Carolina Prado Mariotto, paleógrafa e historiadora, responsável pelo acervo documental da divisão de museus e arquivos históricos da Prefeitura Municipal de Taubaté, os trabalhos publicado na Revista de Filologia e Lingüística Portuguesa da Universidade de São Paulo. Atualmente, as pesquisas contam com o engajamento da Universidade de Taubaté através do Departamento de Pró-reitoria de Extensão e Relações Comunitárias.

Bibliografia

– Patentes e Sesmarias

– Revista do Instituto e Geográfico de São Paulo

– Livros de Diversos Autores

– Arquivo histórico Dr. Felix Guissard Filho,

– Fragmento de atas da Câmara da antiga vila de Taubaté, séc. (XVII/XVIII).

– Inventários registrados no Cartório do 2º oficio de Taubaté.

Inventario de João do Prado Martins (1653), “vários bens (...) mais em Capivari (Jambeiro) até o Salto Grande (Cachoeira Grande) o que se achar a quatro léguas para a banda do mar”.

Inventario de Catarina Dias Félix (1661), filha de Jaques Félix, casada com Domingos do Prado Martins, filho de João do Prado Martins, seria co-herdeira, seu marido declarou como bens de raiz do casal “uma data de terra em Capivari (jambeiro) que vai até Salto Grande (Cachoeira Grande) onde tem sua parte”.

Taubaté naquela época estendia por toda a região do atual município de Lagoinha, chegando ao bairro de Itacuruça (Cunha). Tornou-se vila em 1645.

Nenhum comentário:

Postar um comentário